O procurador-geral do estado, Arthur Cezar Azevedo Borba e o procurador Mário Britto participaram na última terça-feira, 19, da solenidade de inauguração do Espaço: “Zé Peixe” – antigo Terminal Hidroviário. O Espaço cultural e turístico que leva o nome do prático José Martins Ribeiro Nunes, o Zé Peixe, terá uma loja de artesanato sergipano, apoiado pelo Núcleo de Apoio ao Trabalho – NAT, Café do Zé, um Ponto Banese, loja de doces caseiros da terra, restaurante, além de um Memorial em homenagem ao prático.
Para o procurador-geral do estado, Arthur Cezar Azevedo Borba, o aproveitamento racional dos espaços públicos é medida de grande importância administrativa. “Neste toar, a revitalização do antigo Terminal Hidroviário para se transformar no Espaço Zé Peixe demonstra, a um só tempo, a preocupação do Governo do Estado com a história sergipana, bem como coma revitalização do centro histórico de Aracaju e valorização da cultura regional, fato que fortalece o turismo sergipano”. Sobre o incentivo à cultura, o Procurador-Geral ressalta: “Sem dúvidas, teremos mais um espaço de lazer e cultura em nossa Capital”, concluiu.
A obra teve investimento de R$ 1.268.361,98 e os recursos foram provenientes do Programa Sergipe Infraestrutura – BNDES. A realização é da Secretaria de Estado de Infraestrutura (Seinfra) em parceria com a Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas (Cehop) e SEIDH. Para funcionar, o espaço seguiu as recomendações contra incêndio, e recebeu banheiros, rampas e elevador destinados a pessoas com deficiência.
O projeto arquitetônico foi de responsabilidade de Murilo Guerra, enquanto a estátua e os painéis foram produzidos pelo escultor mineiro Léo Santana e artista plástico Elias Santos, respectivamente.
Zé Peixe
José Martins Ribeiro Nunes, o Zé Peixe, nasceu e viveu em Aracaju e foi o mais importante prático de Sergipe. Em 1938, o Capitão-de-Corveta da Capitania dos Portos de Sergipe, Aldo Sá Brito de Souza, lhe colocou o apelido de “Zé Peixe”. Em 1947, foi admitido na Marinha como prático, cuja função é receber navios em alto mar e guiá-los até o porto e, na saída, conduzí-los até onde for possível seguir com segurança. Ficou famoso pelo modo único de executar essa atividade. Ao invés de se dirigir aos navios com lanchas, nadava até eles; quando estes retornavam para alto mar, saltava de alturas e voltava a nado para terra firme. Chegava a nadar até 13km. Seus feitos heróicos, seu vigor físico, sua maneira de trabalhar e seu modo simples de viver lhe conferiram fama internacional. Foi agraciado com vários prêmios e medalhas como a medalha ao mérito em ouro do Rio grande do Norte; a medalha Almirante Tamandaré (homenagem prestada pela Marinha do Brasil por seus dedicados anos de trabalho). Em 2009, já enfermo, solicita à Marinha seu afastamento definitivo da praticagem.