Cantor do Mês de Novembro: Banda Naurêa
Naurêa é o resultado de duas palavras que ditas muito rapidamente representam uma sensação, um tipo de pressão sonora que diz muito sobre a força que mora em seu som. Esse som resolveu reinventar a mistura particular que é o forró, ampliando e dando novas possibilidades ao coco, ao xote e ao baião – tradicionais ritmos nordestinos.
Formada em novembro de 2001, em Aracaju, a naurêa toca basicamente o que chama de Sambaião. Como o nome já sugere, uma mistura de samba e baião. Mas não para por aí. A banda recebe informação musical de várias partes do Brasil e do mundo: das batidas populares do universo negro de Laranjeiras ao costarriquenho Reggaeton; da música pouco convencional de Tom Zé às melodias de Cuba e do Leste Europeu; das guitarras “caribenhas” do Pará ao apelo do R&B e do Hip Hop. A ideia, muito mais do que fazer mistura, é mostrar as potencialidades do forró, é ter uma sonoridade própria com um sotaque local.
No entanto, o que tem se evidenciado na naurêa é sua vocação para cruzar as fronteiras de Sergipe. Tocou nas mais importantes feiras e encontros de música do Brasil: a Feira da Música de Fortaleza (2004), O Festival de Inverno de Garanhuns (2004), o Mercado Cultural da Bahia (2005), a Feira da Música Independente Internacional de Brasília (2006), e o RecBeat em Recife (2006). Em 2006, a banda recebeu o convite para participar do festival Funkhaus Europa Summer Stage da radio WDR em Colônia, evento integrante da programação oficial da Copa do Mundo na Alemanha, assim como convites para se apresentar nas cidades de Dortmund e Berlim.