Cantor do Mês de Abril
Esse nome, embora não signifique muito para as pessoas que não conhecem bem a cultura sergipana, já diz bastante a respeito dessa banda. No linguajar local, “maria scombona” quer dizer cambalhota, aquele movimento acrobático em que se gira o corpo sobre si mesmo. Do mesmo jeito que uma cambalhota, a banda Maria Scombona é um impulso a partir do qual, virando-se sobre si mesmo com destreza, se subverte o que tem sido feito até então a fim de obter uma nova ordem, um novo sentido musical.
Colocando-se na contra-mão das tendências dominantes, a Maria Scombona foi ganhando visibilidade por meio de apresentações em eventos por todo o país, como o Festival de Arte Alternativa de Olinda (PE), Punka 2002 (SE), Ei Me Pegue 3 (RJ), Festival de Verão de Salvador (BA), 143º Aniversário da Cidade de Aracaju (SE), Circuito Cultural Banco do Brasil 2003 (SE), 3º Festival Luso-brasileiro de Curtas Metragens (SE), Bem Brasil, Festival de Inverno de Garanhuns (PE), projeto Julho em Salvador (BA), Feira da Música (CE) e o Encontro SESC de Bandas (CE).
Com isso, a banda ganhou o reconhecimento do público e da crítica na medida em que cunhava uma sonoridade inovadora: seu som é uma mistura única de rock’n roll, blues, soul e R&B carregada com sotaque e ritmos incontestavelmente nordestinos.
O CD “Grão”, álbum de estreia da Maria Scombona, é uma amostra desse trabalho que vem sendo desenvolvido pela banda. São quinze faixas que, carimbadas com uma excelente composição e uma execução igualmente primorosa, já se tornaram referência obrigatória da riqueza musical de Sergipe.
A música “20 meninas”, um dos destaques desse primeiro CD, foi transformada em videoclipe. Assinado pelo renomado diretor Pico Garcez (www.picogarcez.com.br), o clipe põe em imagens a identidade dessa banda que mantém, com perfeição, um pé no regional e o outro no universal – dando forma a esse regionalismo universal tipicamente scomboneano.