Artista do Mês
Lúcio Telles (Lúcio Flávio Teles de Jesus), fotógrafo e design gráfico
Nascimento: 16 de maio de 1978, em Aracaju/SE
Nascido em um favorável ambiente artístico, desde muito cedo Lúcio Telles já demonstrava curiosidade e fascínio pelas artes. O teatro, a música, a poesia e a dança sempre estiveram presentes em seu universo familiar. Em 1997, por decisiva orientação de seu avô, o jornalista e radialista José Eugênio de Jesus, fundador da Associação Sergipana de Imprensa – ASI, inscreveu-se em um curso de fotografia oferecido pela ASI e, a partir de então, enveredou pela carreira de fotógrafo.
Dinho Duarte, Araquém Alcântara, Sebastião Salgado, Pierre Verger, Jean-Michel Basquiat e Andy Warhol são referências de fotógrafos e artistas que o influenciaram. Estudioso, Lúcio Telles vive em constante busca de aperfeiçoamento profissional. Atualmente pesquisa o trabalho de Banksy, grafiteiro inglês que mescla tecnologia, pensamento crítico e fusão de técnicas, cuja obra pode ser encontrada em ruas, muros e pontes de cidades por todo o mundo.
Fotógrafo em tempo integral, Lúcio Telles, além de registros sociais, documentais, jornalísticos e publicitários, possui um significativo acervo de fotos autorais, fruto de seus insights e de sua incursão por múltiplas técnicas. Destacado como artista contemporâneo, a cor, predominantemente quente, o movimento e a expressão são elementos que identificam e individualizam a sua fotografia.
Apreciador e conhecedor das artes em suas diversas formas de expressão, cita André Chagas, com quem conheceu a street art, o artista plástico Leonardo Alencar, o escultor Antônio da Cruz, o cordelista Chiquinho do Além Mar, o fotógrafo Vick Muniz e os grafiteiros Gêmeos como ídolos de sua admiração.
Em 2003, realizou sua primeira exposição individual, intitulada “Tabuleiros de Imagem”, no Espaço Cultural Yázigi, em Aracaju. Em 2006, participou da mostra coletiva “Aracaju: Paisagens e Personagens”, comemorativa aos 150 anos da cidade, na Galeria Jenner Augusto, em Aracaju e, em 2007, expôs individualmente “Tempo Quando”, na Mostra Aracaju, em Aracaju. No exterior, realizou a exposição fotográfica “Brasil Sergipanidade”, em 2010, na França e, em 2011, na Espanha e Escócia.
Lúcio Telles é fotógrafo colaborador de várias revistas nacionais, entre elas: “Caras”, “Peregrino” e “Sorria”. No ano de 2010, editou, em parceria com os fotógrafos Márcio Dantas e Márcio Garcez, o livro “Do Litoral ao Sertão”, esmerada produção que reverencia Sergipe em belas imagens. Em 2013, foi um dos colaboradores da publicação coletiva “Eu amo a bike”, do Banco Itaú, em São Paulo e um dos fotógrafos do livro “AracaJouBert”, biografia do artista Joubert Moraes, organizado por Mário Britto.
por Mário Britto
Pintor, escritor, desenhista publicitário e professor de artes, Adauto Machado nasceu no dia 18 de junho de 1950, em Nossa Senhora das Dores/SE. Aos quatorze anos, mudou-se para Aracaju e começou a frequentar grupos artísticos da cidade. Entre 1965 e 1969, trabalhou com desenho publicitário. Em 1969, transferiu-se para Salvador, onde teve a oportunidade de conhecer importantes artistas nacionais e passou a dedicar-se inteiramente à pintura. Em busca do aperfeiçoamento técnico, cerca de um ano depois, permaneceu por um curto período no Rio de Janeiro e, em seguida, partiu para a França.
Residiu em Paris, por quatro anos, onde realizou, em 1972, a sua primeira exposição individual, no Theatre de La Cité Internationale e, no mesmo ano, na Sorbonne. Expôs, em 1973, em Saint Germain des Près; em 1974, na Clinique des Champs Elisées e, em 1975, no Café Literaire le Procope. Ainda na capital francesa participou de várias coletivas: em 1972, na Maison de la Culture de Yerres; em 1973, na Galeria Debret; em 1974, na Galeria du Marais e no Salão Mairie Dalfortville, e, em 1975, na Galeria Iemanjá. Em 1975, ilustrou o filme “Traumatismo Craniano”, para o Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França.
Retornou ao Brasil em 1976 e fixou residência em Aracaju, onde montou o seu atelier de pintura. Posteriormente, morou, por quase dois anos, em Winnipeg, Manitoba, no Canadá, onde realizou, em 1978, uma exposição no Centre Culturel Franco Manitobain. Em 1990, expôs no Dodge House Gallery Providence Art Club, em Rhode Island, nos Estados Unidos.
Atuante protagonista da cena cultural sergipana, Adauto Machado, desde a sua primeira exposição individual, em 1967, na antiga Galeria Acauã, em Aracaju, vem realizando sucessivas e prestigiadas exposições em diversas cidades: em Aracaju, nos anos de 1969, 1981, 1982, 1985, 1996, 2003, 2004, 2007 e 2008; em Salvador, em 1970 e 1991; em Recife, em 1980; em Ribeirão Preto, em 1981; e, no Rio de Janeiro, em 1984 e 1986. Em 1980, participou do IX Festival de Artes de São Cristóvão – FASC.
Com igual brilho, Adauto Machado, também, tem realizado muitas exposições coletivas: em Aracaju, nos anos de 1968, 1976, 1977, 1978, 1979, 1981, 1984, 2006 e 2007; em Salvador, em 1970, 1976 e 1980; no Rio de Janeiro, em 1971, 1977, 1984, 1985 e 1987; em Olinda, em 1976; em Recife, em 1977; em Blumenau, em 1983; e, em São Paulo, 1976 e 1977. Em 2012, participou da coletiva “Coleção Mário Britto”, edição especial Mostra Aracaju.
Em sua carreira, tem recebido muitos prêmios. Em 1966, o 1º prêmio na escolha da primeira marca para a Rádio Atalaia de Sergipe; em 1967 e 1968, respectivamente, o 2º prêmio e o 1º prêmio, no concurso de pintura JOVREU; em 1980, Menção Honrosa, no 1º Salão Sergipano de Artes Plásticas, promovido pela UFS; em 1983, o Prêmio Especial, no Salão ”NUARTE”, promovido pela FUNDESC, em Aracaju; em 1983, o título de artista plástico do ano, conferido pela Prefeitura Municipal de Aracaju; em 1989, a medalha do Mérito Cultural Inácio Joaquim Barbosa, conferido pela Prefeitura Municipal de Aracaju; em 1999, foi agraciado no 9º Concurso Internacional de Desenho CoreIDRAW, como o melhor do mundo com o desenho “contemplação”; e, em 2002, no 10º Concurso Internacional de Desenho CoreIDRAW, o mesmo prêmio com o desenho “Ana Lúcia”.
Em 1983, Adauto Machado tornou-se presidente da Associação dos Artistas Plásticos de Sergipe – APLASE, e, no mesmo ano, membro da equipe de coordenação geral do Circuito de Artes Plásticas do Norte-Nordeste/Sergipe, promovido pelo MEC/FUNART/INAP. Em 1988, foi nomeado membro do Conselho de Cultura do Município de Aracaju e, em 1995, do Conselho de Cultura do Estado de Sergipe. Em 1997, participou do Colegiado que elege nomes da cultura brasileira para o Prêmio Cultural do Jornal Estado de São Paulo.
Como escritor, em 2001, lançou, em São Paulo, o livro “Aprendendo Arte no CorelDRAW”. Conhecedor de artes, é palestrante e professor de curso de pintura. Em 2004 e 2006, ministrou oficinas de arte promovidas pela Funarte e Secretaria da Cultura.
Notabilizou-se pintando cavalos correndo soltos, esvoaçantes e livres, mas a sua vasta iconografia passa por feiras sergipanas, casarios, pescadores, marinhas, paisagens urbanas e rurais, retratos, composições abstratas, temas sacros e cenas do sertão nordestino. Florival Santos, J. Inácio e Jenner Augusto são artistas de sua admiração e que o influenciaram no aprimoramento de sua arte.
Ver maisNascido no dia 08 de outubro de 1967 na cidade de Alagoinhas – BA. Charles descobriu aos 07 anos de idade sua vocação para as artes plásticas, foi quando uma das professoras pediu para cada aluno desenhar em uma folha de papel em branco o que desejaria ganhar de presente de natal, então Charles se empenhou com tanto interesse pelo seu presente que fez a obra com tamanha perfeição que sua professora não acreditou no que viu, perguntou-lhe de onde havia copiado aquele desenho tão perfeito, e ele respondeu que tinha sido da sua própria mente não acreditando na história de Charles a professora o conduziu a diretoria da escola, pedindo que fizesse o desenho perante a direção da escola, e novamente ele o fez recebendo os parabéns de todos ali presentes.
Desse dia em diante seu interesse pelas artes foi cada vez maior. Em 1979 mudou-se para outro interior da Bahia chamado Pojuca ficando ainda mais próximo de Salvador lá ele fez amizades com pessoas voltadas ao mundo das artes. Tentou então sem êxito estudar na capital mas, por ser menor de idade, não poderia se deslocar do interior para capital. Aos 13 anos foi convidado pela Fundação José Carvalho onde Charles ingressava em seu primeiro emprego como Office-boy , e logo sendo instrutor de artes. Em 1983 seu pai ganhou a aposentadoria, e fez planos para obter uma vida melhor , então mudou-se para Aracaju, ja nesta capital Charles era recnhecido por muitos fazendo seus imensos paineis criados por ele mesmo a pedido de seus clientes donos de lojas e lanchonetes e etc.
Estudou nos colégios; Leandro Marciel , Atheneu Sergipense, Costa e Silva, Unificado e Visão. Nesse mesmo período trabalhava como diretor de arte em agência de propaganda, fez sua primeira exposição individual a convite do Shopping Riomar em 1990, participou de vários concursos nacionais ficando sempre em boa colocação, participou também de várias exposições coletivas nas galerias:Alvaro Santos, J. Inácio, Shopping Jardins: comemoração ao dia dos pais e Personalidades Sergipanas.
Maria Anete Sobral de Faria, pintora, nasceu no dia 22 de novembro de 1925, em Frei Paulo/SE e faleceu no dia 16 de janeiro de 2009, em Aracaju/SE.
Autodidata, desde criança já manifestava tendência para as artes plásticas. Ao se transferir para Aracaju, estudou no Colégio Nossa Senhora de Lourdes, onde cursou o magistério e, depois, na Escola Normal Ruy Barbosa, o pedagógico. É desse tempo do colégio das freiras, de origem francesa, que Anete Sobral teve as primeiras aulas de pintura e realizou os seus primeiros trabalhos artísticos para presentear as suas amigas.
Após alguns anos sem pintar, em 1971, com o apoio de seu esposo Efren de Faria Lima, retorna à pintura e já no ano seguinte participa de uma coletiva de pintores sergipanos, produzida por João de Barros, no Conservatório de Música, em Aracaju.
Anete Sobral participou de diversas exposições coletivas e individuais em inúmeras cidades do Brasil, ganhou prêmios e foi referendada pela crítica especializada. Realizou as seguintes exposições: em 1972, “Sergipe Barroco”, em São Paulo; em 1974, no Clube do Congresso, em Brasília; em 1982, na Galeria de Arte J. Inácio, em Aracaju; em 1986, no Centro de Criatividade Gov. João Alves Filho, em Aracaju; e, 2003, no Espaço Cultural da Assembleia Legislativa de Sergipe.
Em 1986, participou da exposição coletiva de inauguração da Galeria de Arte Florival Santos, no Centro de Cultura e Arte – CULTART, em Aracaju. A artista tem obra em países como a Suíça, França, Alemanha e Colômbia.
Laureada artista, Anete Sobral recebeu alguns prêmios, entre eles, em 1976, menção honrosa no I Salão Atalaia de Pintura e a Medalha de Bronze na segunda edição desse mesmo Salão. Em 2006, recebeu a medalha de bronze na segunda edição do Salão Cataguases, em Minas Gerais. Uma grande realização da artista foi a sua classificação, com todos os trabalhos que submeteu à seleção, para o Salão de Olinda em Pernambuco, bastante concorrido à época.
Em 2010, a Galeria de Arte Álvaro Santos fez uma homenagem póstuma à artista realizando uma exposição individual com curadoria de Luiz Adelmo, intitulada “Anete Sobral: Visão Urbana e Cultural”. Por ocasião dessa mostra, escreveu a historiadora Aglaé d’Ávila Fontes, “Ninguém melhor do que ela fez o passado virar presente, registrando as cores e formas de nossa cultura popular. Traço firme e forte, embora suave nas nuances e sugestões do imaginário. Entre a fé, o cortejo, a festa e as brincadeiras populares, sua arte se aninhou plena de afeto, generosa na arte, como nas amizades”.
Sua obra aborda a realidade histórica e cultural de onde viveu, destacando a rica arquitetura colonial como os seus seculares casarões e igrejas; os folguedos, cenas do cotidiano das cidades do interior sergipano, notadamente, o folclore e as festas populares. Religiosa, temas sacros, como as procissões, também são recorrentes em sua iconografia. Sua pintura é marcada por um desenho leve e por cores primárias e vibrantes. Costumava dizer que “pintar sempre foi o que mais eu quis, e quando pude fazer, não tinha nenhuma intenção de vender, mostrar, expor, eu queria simplesmente pintar, para mim”.
Em setembro de 2013, Anete Sobral participou da exposição coletiva “Um sentir sobre as Artes Visuis em Sergipe”, com curadoria de Mário Britto, realizada na Galeria Jenner Augusto, em Aracaju.
Por Mário Britto
Última atualização: 26/02/2014 06:22.