Artista do Mês
Jo’k, um artista do Sertão
Filho de José Alves Feitosa e Maria José Soares Silva Feitosa, Jo’k nasceu na cidade de Propriá/SE, no dia 25 de dezembro de 1970. O primeiro contato com a arte ocorreu quando, vindo de uma pescaria, encontrou Florival Santos, artista de grande influência em sua carreira, pintando às margens do Rio São Francisco.
Autodidata, Jo’k descobriu-se artista aos doze anos. Iniciou os estudos do ensino fundamental em Propriá, e, posteriormente, morou nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Salvador e Belo Horizonte, onde teve contato com diversos artistas, a exemplo de Cahã, mineiro de descendência polonesa, que muito o incentivou.
Em 1989 e 1990, participou do Salão de Arte do Encontro Cultural de Propriá. Em 1990, realizou a sua primeira exposição na Galeria Álvaro Santos, em Aracaju/SE. Nessas últimas duas décadas tem realizado e participado de diversas exposições.
Possuidor de um estilo próprio, de sua paleta surgem tons sempre mais quentes, em especial, o vermelho veronês, que está presente em quase toda a sua iconografia. Para o artista o desenho é apenas um caminho espontâneo. Não se considera desenhista. Rabisca apenas o suficiente para pintar e para expressar toda a sentimentalidade de que é revestida a sua arte.
Em sua pintura, os motivos são variados, contudo o tema predominante é o sertão. Jo’k retrata a sua gente, faz uma pintura de raiz, mostrando a labuta diária dos agricultores que, em seu silêncio, contribuem para a grandeza do país. Suas paisagens apresentam a beleza da vida no campo, inobstante as mazelas da fome, da falta ou do excesso de água. Exibem um sol que castiga famílias, queima plantações e mata animais, mas que também ilumina e dá vida ao seu sertão. Esse é Jo’k, um artista do Sertão!
Mário Britto
Curador de Arte
Pintor, desenhista e ilustrador, Joel Dantas nasceu o dia 17 de julho de 1950, às margens do Rio São Francisco, em Pilão Arcado, no alto sertão baiano, e com quatro anos de idade veio com os pais, residir no Povoado Marcação, município de Rosário do Catete/SE. Transferiu-se com a família para Aracaju, quando tinha cerca de oito anos de idade, cidade onde estudou e se formou em Licenciatura em Geografia, em 1978. Em Aracaju, iniciou-se no universo artístico e consolidou a sua carreira artística, razão pela qual se considera artista sergipano. Em 2008, concluiu o curso de pós-graduação em Artes Visuais, latu sensu, na Universidade Federal de Sergipe.
Desde criança já era manifesta a sua vocação para o desenho. Em 1958, surgem os seus primeiros trabalhos. Eram desenhos feitos em pedaços de papel, nas paredes e nas calçadas. Em 1966, participou da primeira exposição coletiva, só com jovens artistas, na Galeria de Arte Álvaro Santos, em Aracaju/SE, patrocinada pela JOVREU. Artista sergipano que se destaca pela sua marcante produção voltada para os aspectos culturais de sua terra, notadamente, as celebrações multifacetadas do “ciclo junino”.
Joel Dantas já realizou diversas exposições em distintos rincões do Brasil. Em 1999 e 2004, respectivamente, ganhou o 2º e 1º lugares nas Gincanas de Pintura do 28º Batalhão de Caçadores do Exército Brasileiro. Em 2004, fez a ilustração da capa do livro “Ópera do Silêncio”, de Carlos Ayres Britto, fazendo, também, o texto de orelha, “O Emblema”, da contracapa de fundo do referido livro. Em 2007, logrou o 1º lugar na categoria pintura, na III Mostra Experimental de Artes Visuais da Universidade Federal de Sergipe – UFS.
Sua pintura, essencialmente de cunho regionalista, retrata o cotidiano e os costumes do sertanejo, cenas rurais e urbanas, os vaqueiros e as caboclas, os tocadores de pífanos e zabumbas; manifestações folclóricas e festas populares, notadamente, as do ciclo junino, da pirotecnia, dos bacamarteiros, dos lançadores de “espadas” e “busca-pés”, das bandas de pífano, das danças e quadrilhas, lambe-sujos, caboclinhos, São Gonçalo, etc. Fazem parte, ainda, de sua rica produção artística, retratos a óleo e a grafite.
Mário Britto
A Panorâmica surgiu de uma mistura de paixões pela fotografia. Um sentimento tão apaixonado e tão “em comum” que quem está à frente dela é o casal Zelir Nunes e Letícia Prado Rovaris.
Zelir Nunes é Designer Gráfico e fotógrafo há 6 anos. Por sua formação e experiência, possui um olhar muito criativo e refinado para suas fotos, transformando todos os cliques em verdadeiras obras artísticas.
Letícia Prado Rovaris é psicóloga e trabalha com fotografia há 2 anos. Sua paixão pela 8ª arte existe há muito tempo, mas o sonho só saiu do plano das ideias depois que o casal se conheceu.
Juntos, eles buscam sempre entender a personalidade dos clientes (entre seus gostos, hobbies e paixões) para criar um ambiente aconchegante nos ensaios e fazer com que eles possam se sentir à vontade para serem eles mesmos.
Panorâmica Fotografia & Design
Fotógrafos: Zelir Nunes e Letícia Rovaris
Márcia Guimarães (Márcia Guimarães Solera), pintora, desenhista e poeta.
Nascimento: 27 de junho de 1964, em Aracaju/SE.
Autodidata, já na infância sempre esteve mergulhada no universo artístico. Sua pintura tem poesia; seu poema, cor. Faz de sua arte espelho de sua vida, porque nela reverbera toda a sua sentimentalidade. Em 1992, graduou-se em Educação Física pela Universidade Federal de Sergipe.
Em 1987, realizou a sua primeira exposição na Fundação Augusto Franco, em Aracaju/SE, e, de lá pra cá, vem participando de várias exposições individuais e coletivas. Sua iconografia, de forte influência surrealista, é marcada por dicotomias: nela, sonhos e realidades coexistem, ingenuidade e malícia são faces de uma mesma tela.
Em sua paleta, tintas quentes e frias mesclam-se harmonicamente para expressar a excitação de uma criança diante de um brinquedo ou a melancolia de um idoso ante o abandono da velhice. Atualmente, vem-se dedicando também ao desenho do modelo vivo.
Participou de várias exposições individuais e coletivas em Aracaju/SE, em Campo Grande/MS e em São Paulo/SP. Em 2012, participou da coletiva “Coleção Mário Britto”, edição especial Mostra Aracaju. No exterior, realizou a mostra “Clamore”, em 2002, em Malborghetto, na Itália. Em 2005, passou a ser membro da Diretoria da “Casa do Poeta Aracaju”.
Como artista plástica tem recibo vários prêmios, destacando-se, entre outros: Honra ao Mérito no Concurso de Cartazes no Estado de São Paulo, em 1981; Prêmio Especial do IX Salão de Novos Artistas em Aracaju/SE, em 1995; 1º Prêmio no concurso Marca da ASAP – Associação Sergipana dos Artistas Plásticos, em 1997 e a Medalha de Bronze, no II Salão Brasileiro Virtual das Artes Plásticas, em São Paulo/SP.
Como poeta, publicou “Âmago”, em 2002, “Volúpia”, em 2008 e “Inquietudes”, em 2013, todos os compêndios reúnem poemas, desenhos e pinturas. Tem conquistado vários prêmios de literatura no país e no exterior, merecendo citação pelas homenagens recebidas na Itália, como a “Riconoscimento di Merito al Premio Poesia de Arti Figurative, da Academia Internazionale Il Convívio”, em 2004, em Castigline di Sicília, na Itália.
Última atualização: 30/04/2015 11:21.